HEMATOMA INTRAMURAL DA AORTA TIPO B – VIGILÂNCIA CLÍNICA E IMAGIOLÓGICA NA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DE COMPLICAÇÕES
DOI:
https://doi.org/10.48750/acv.245Palavras-chave:
Síndromes aórticas agudas, Hematoma intramural da aorta, Úlcera penetrante da aorta, TEVARResumo
Introdução: O hematoma intramural da aorta tipo B (HIM-B) tem uma história natural complexa e variável: pode permanecer estável e resolver espontaneamente ou evoluir para disseção aórtica, degenerescência aneurismática, úlcera penetrante ou mesmo rotura. Esta possibilidade de progressão da doença, frequentemente associada a sintomatologia frustre, torna a abordagem e tratamento do HIM-B complexos.
Caso clínico: Doente de 60 anos, do sexo feminino, com diagnóstico de HIM-B após recorrer ao serviço de urgência por dor torácica, inicialmente sujeita a tratamento médico. No angioTC de controlo, ao 1º mês, foi identificada uma ulceração da parede da aorta (20 mm de diâmetro e 11 de profundidade). Foi então submetida a um bypass carótido-subclávio esquerdo seguido de TEVAR e embolização ostial da artéria subclávia esquerda. Durante o follow-up (5 meses) a doente permanece assintomática verificando-se remodeling aórtico favorável.
Conclusion: O HIM-B é uma patologia dinâmica. Desde a apresentação inicial até uma fase avançada do follow-up pode cursar com complicações catastróficas. O tratamento endovascular parece ser uma opção segura e com bons resultados em caso de evolução desfavorável, tal como reportado neste caso.
Downloads
Referências
Society for Vascular Surgery ( ESVS ). 4–52 (2017). doi:10.1016/j.ejvs.2016.06.005
2. Maslow, A., Atalay, M. K. & Sodha, N. Intramural Hematoma. J. Cardiothorac. Vasc. Anesth. 1–22 (2018). doi:10.1053/j.jvca.2018.01.025
3. Moral, S., Avegliano, G., Ballesteros, E., Salcedo, M. T. & Evangelista, A. Clinical Implications of Focal Intimal Disruption in Patients With Type B Intramural Hematoma. J Am Coll Cardiol. 69, 28–39 (2017).
4. Ferrera, C. et al. Evolution and prognosis of intramural aortic hematoma. Insights from a midterm cohort study. Int. J. Cardiol. 249, 410–413 (2017).
5. Ferrera, C. et al. Evolution and prognosis of intramural aortic hematoma. Insights from a midterm cohort study. Int. J. Cardiol. 1–4 (2017). doi:10.1016/j.ijcard.2017.09.170
6. Muntanyà, X. et al. Predictive value of small ulcers in the evolution of acute type B intramural hematoma. Eur. J. Radiol. 81, 1569–1574 (2011).
7. Elefteriades, J. A. et al. Long-term behavior of aortic intramural hematomas and penetrating ulcers. J. Thorac. Cardiovasc. Surg. 151, 361-373.e1 (2015).
8. Pi"aretti, G. et al. Best Medical Treatment and Selective Stent-GraftRepair for Acute Type B Aortic Intramural Hematoma. Semin. Thorac. Cardiovasc. Surg. 30, 279–287 (2018).
9. Tenorio, E. R. & Sandri, G. A. Penetrating Aortic Ulcer and Intramural Hematoma. Cardiovasc Interv. Radiol. 42(3), 321–334 (2019).
10. Nauta, Foeke; Kamman, Arnoud; Trimarchi, S. Penetrating Aortic Ulcer and Intramural Hematoma. Endovasc. Today 87–91 (2014).
11. Evangelista, A., Czerny, M., Nienaber, C., Schepens, M. & Rousseau, H. Interdisciplinary expert consensus on management of type B intramural haematoma and penetrating aortic ulcer. Eur J Cardiothorac Surg 47, 209–217 (2015).
12. Schlatter, T. et al. Type B intramural hematoma of the aorta: Evolution and prognostic value of intimal erosion. J. Vasc. Interv. Radiol. 22, 533–541 (2011).
13. Goldberg, J. B., Kim, J. B. & Sundt, T. M. Current understandings and approach to the management of aortic intramural hematomas. Semin. Thorac. Cardiovasc. Surg. 26, 123–131 (2014).
14. Bosma, M. S. et al. Ulcer-like Projections Developing in Noncommunicating Aortic Dissections: CT Findings and Natural History. AJR Am J Roentgenol. 895–905 (2009).