HEMATOMA INTRAMURAL DA AORTA TIPO B – VIGILÂNCIA CLÍNICA E IMAGIOLÓGICA NA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DE COMPLICAÇÕES

Autores

  • Nuno Henriques Coelho Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Clara Nogueira Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Victor Martins Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Jacinta Campos Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Andreia Coelho Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Rita Augusto Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Evelise Pinto Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Carolina Semião Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • João Ribeiro Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • João Peixoto Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Alexandra Canedo Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.48750/acv.245

Palavras-chave:

Síndromes aórticas agudas, Hematoma intramural da aorta, Úlcera penetrante da aorta, TEVAR

Resumo

Introdução: O hematoma intramural da aorta tipo B (HIM-B) tem uma história natural complexa e variável: pode permanecer estável e resolver espontaneamente ou evoluir para disseção aórtica, degenerescência aneurismática, úlcera penetrante ou mesmo rotura. Esta possibilidade de progressão da doença, frequentemente associada a sintomatologia frustre, torna a abordagem e tratamento do HIM-B complexos.


Caso clínico: Doente de 60 anos, do sexo feminino, com diagnóstico de HIM-B após recorrer ao serviço de urgência por dor torácica, inicialmente sujeita a tratamento médico. No angioTC de controlo, ao 1º mês, foi identificada uma ulceração da parede da aorta (20 mm de diâmetro e 11 de profundidade). Foi então submetida a um bypass carótido-subclávio esquerdo seguido de TEVAR e embolização ostial da artéria subclávia esquerda. Durante o follow-up (5 meses) a doente permanece assintomática verificando-se remodeling aórtico favorável.


Conclusion: O HIM-B é uma patologia dinâmica. Desde a apresentação inicial até uma fase avançada do follow-up pode cursar com complicações catastróficas. O tratamento endovascular parece ser uma opção segura e com bons resultados em caso de evolução desfavorável, tal como reportado neste caso.

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Publicado

2020-02-07

Como Citar

1.
Coelho NH, Nogueira C, Martins V, Campos J, Coelho A, Augusto R, Pinto E, Semião C, Ribeiro J, Peixoto J, Canedo A. HEMATOMA INTRAMURAL DA AORTA TIPO B – VIGILÂNCIA CLÍNICA E IMAGIOLÓGICA NA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DE COMPLICAÇÕES. Angiol Cir Vasc [Internet]. 7 de Fevereiro de 2020 [citado 23 de Novembro de 2024];15(4):269-72. Disponível em: https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/245

Edição

Secção

Caso Clínico

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