SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO COMPLICADA POR DUPLO ANEURISMA SUBCLÁVIO — UMA ABORDAGEM HÍBRIDA

Autores

  • Ricardo Castro-Ferreira Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de São João, Porto, Portugal; Departamento de Cirurgia e Fisiologia, Unidade de Investigação Cardiovascular, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal
  • Paulo Gonçalves Dias Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de São João, Porto
  • Sérgio Moreira Sampaio Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de São João, Porto
  • Dalila Rolim Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de São João, Porto
  • José Fernando Teixeira Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de São João, Porto

DOI:

https://doi.org/10.48750/acv.32

Palavras-chave:

Síndrome do Desfiladeiro Torácico, Aneurisma da Artéria Subclávia, Abordagem Híbrida

Resumo

Introdução: Aneurismas da artéria subclávia (AAS) são uma complicação extremamente rara da síndrome do desfiladeiro torácico (SDT). A dilatação arterial ocorre normalmente distalmente ao local de compressão que está na base do SDT. Descrevemos um caso particularmente raro de um doente com SDT neurológico com dois volumosos AAS proximal e distal ao triângulo interescaleno.

Caso Clínico: Mulher, 55 anos, sem antecedentes de relevo. Actividade profissional desde a adolescência implica transporte manual de caixas pesadas diversas vezes ao dia. Foi referenciada à consulta de cirurgia vascular por sintomas neurológicos compatíveis com SDT. Angio-TC revelou a presença de dois volumosos AAS, de 31 e 42mm, separados pelo musculo escaleno anterior.

Os aneurismas foram excluídos com stent recoberto (Viabahn) após ter sido comprovada patência do polígono de Willis por Doppler transcraniano. Subsequentemente a doente foi submetida a escalenotomia anterior. Constatou-se reversão total dos sintomas, tendo a doente tido alta 2 dias após a cirurgia. Angio-TC de controlo comprovou exclusão dos 2 AAS. Doente mantém-se assintomática aos 6 meses de follow-up.

Discussão: O termo SDT foi originalmente utilizado em 1956 por RM Peet para descrever a compressão do feixe neurovascular ao nível do outlet torácico. O desenvolvimento de AAS é uma complicação rara, mas potencialmente perigosa da SDT. Embora historicamente tenha sido abordado por cirurgia aberta, os novos métodos endovasculares afirmam-se como uma opção elegante e de menor risco no tratamento de AAS. Embora a exérese da primeira costela se esteja a assumir como o tratamento a oferecer para a descompressão do desfiladeiro torácico, neste caso particular, a imagem e a história clínica foram altamente sugestivas de compressão pelo músculo escaleno. Este caso demonstra como as abordagens endovascular e aberta se podem conjugar para oferecer resultados aliciantes. Do nosso conhecimento, esta é a primeira descrição na literatura de dois aneurismas em série da artéria subclávia no contexto de SDT.

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Biografia Autor

Ricardo Castro-Ferreira, Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de São João, Porto, Portugal; Departamento de Cirurgia e Fisiologia, Unidade de Investigação Cardiovascular, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal

Invited Teacher

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Publicado

2017-12-30

Como Citar

1.
Castro-Ferreira R, Gonçalves Dias P, Moreira Sampaio S, Rolim D, Teixeira JF. SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO COMPLICADA POR DUPLO ANEURISMA SUBCLÁVIO — UMA ABORDAGEM HÍBRIDA. Angiol Cir Vasc [Internet]. 30 de Dezembro de 2017 [citado 27 de Novembro de 2024];13(4):34-6. Disponível em: https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/32

Edição

Secção

Caso Clínico