PONTAGEM COM VEIA PEQUENA SAFENA IN SITU ATRAVÉS DE UMA ABRODAGEM POSTERIOR: UMA TÉCNICA SUBESTIMADA PARA SALVAMENTO DO MEMBRO INFERIOR

Autores

  • Henrique Rocha Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Portugal
  • Inês Antunes Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Portugal
  • Duarte Rego Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Portugal
  • Carlos Veiga Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Portugal
  • Daniel Mendes Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Portugal
  • Carlos Veterano Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Portugal
  • João Castro Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Portugal
  • Andreia Pinelo Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Portugal
  • Henrique Almeida Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Portugal
  • Carolina Vaz Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Portugal
  • Rui Almeida Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.48750/acv.431

Palavras-chave:

Revascularização do membro inferior, Pontagem distal, Pontagem in situ, Veia pequena safena, Abordagem posterior

Resumo

INTRODUÇÃO: A veia pequena safena (VPS) in situ pode ser usada como conduto em situações de revascularização do membro inferior em que as artérias alvo estão limitadas à porção distal da perna e nas quais a veia grande safena (VGS) está ausente ou é inadequada. Este cenário ocorre frequentemente em doentes diabéticos ou com doença renal crónica em estadio terminal, cujo padrão de oclusão arterial atinge os vasos tibioperoneais e poupa o segmento femoro-poplíteo. A técnica in situ oferece as potenciais vantagens de diminuir a manipulação e trauma da veia, melhor adaptação de calibre entre os vasos e melhor perfil hemodinâmico.

A abordagem posterior simplifica o procedimento cirúrgico e oferece taxas de patência da pontagem e de salvamento do membro comparáveis aos procedimentos habituais.

CASO CLÍNICO: Apresentamos o caso de um homem de 89 anos, diabético e com tentativas prévias, sem sucesso, de revascularização endovascular das artérias tibial posterior e peroneal; apresenta-se com uma úlcera do hállux do pé direito com evolução desfavorável.
O mapeamento ultrassonográfico das veias revela as VGS varicosas em ambos os membros e uma VPS de trajeto linear e com ~3mm de diâmetros na perna direita. O paciente foi submetido a uma pontagem entre a artéria poplítea retrogenicular e artéria tibial posterior distal com VPS in situ, através de uma abordagem posterior. A pontagem trombosou ao sétimo dia pós-operatório; esta complicação foi resolvida com trombectomia cirúrgica, angioplastia da veia e laqueação das fístulas arteriovenosas patentes. No seguimento em ambulatório, a pontagem mantém-se patente e a úlcera do hállux a cicatrizar favoravelmente.

CONCLUSÃO: A VPS in situ é uma opção segura e viável como conduto para pontagens entre a artéria poplítea e as artérias distais da perna. Os cirurgiões vasculares devem estar cientes da abordagem posterior, que simplifica e expões confortavelmente as estruturas anatómicas necessárias para este procedimento.

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Publicado

2021-12-24

Como Citar

1.
Rocha H, Antunes I, Rego D, Veiga C, Mendes D, Veterano C, Castro J, Pinelo A, Almeida H, Vaz C, Almeida R. PONTAGEM COM VEIA PEQUENA SAFENA IN SITU ATRAVÉS DE UMA ABRODAGEM POSTERIOR: UMA TÉCNICA SUBESTIMADA PARA SALVAMENTO DO MEMBRO INFERIOR. Angiol Cir Vasc [Internet]. 24 de Dezembro de 2021 [citado 27 de Dezembro de 2024];17(3):274-7. Disponível em: https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/431

Edição

Secção

Caso Clínico