FENESTRAÇÃO DA LÂMINA DE DISSEÇÃO COM AGULHA TIPS, UMA TÉCNICA ADJUVANTE NO TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ANEURISMAS DISSECANTES DA AORTA TORACO-ABDOMINAL
DOI:
https://doi.org/10.48750/acv.352Palavras-chave:
Disseção crónica, Aneurisma da aorta toraco-abdominal, Flap de disseção, Fenestração, Agulha TIPS (transjugular intrahepatic portosystemic shunt), Endoprótese, Fenestrated/branched endovascular aortic repair (f/bEVAR)Resumo
Introdução: Na dissecção crónica complicada de degeneração aneurismática, é frequente existirem fendas espontâneas entre o verdadeiro e o falso lúmen ao nível das artérias viscerais. No entanto, na sua ausência ou difícil identificação, o tratamento com recurso a f/bEVAR está limitado. Nesses casos, pode ser necessária a criação de fenestrações para permitir o acesso aos vasos viscerais.
Métodos / Resultados: Apresentam-se 2 casos de procedimentos de fenestração de lâmina de disseção crónica em doentes submetidos num segundo tempo a f/bEVAR. Em ambos os doentes, os exames de follow-up a 1 ano mostram permeabilidade das endopróteses e ramos viscerais da aorta, redução do saco aneurismático e ausência de sinais de disseção ou endoleaks.
Conclusões: Na criação de fenestrações, a rigidez da lâmina de disseção crónica pode requer a utilização de dispositivos grosseiros com risco acrescido de rotura aórtica, como a agulha de TIPS. Para prevenir essa complicação, além do meticuloso planeamento pré-operatório por angio-TC, é essencial a correta identificação intra-operatória do verdadeiro e falso lúmen recorrendo a IVUS ou a angiografia do duplo lúmen aórtico. Nos casos apresentados, a referida técnica foi eficaz.