ENDOLEAK TIPO 1A TARDIO APÓS EVAS: UM DESAFIO ÚNICO
DOI:
https://doi.org/10.48750/acv.305Palavras-chave:
Aneurisma da aorta abdominal, endoleak, Onyx 34, EVAS, NellixResumo
Endovascular aneurysm sealing (EVAS) com o auxílio do sistema Nellix é um método alternative para o tratamento de aneurismas da aorta abdominal (AAA). Os endoleaks tipo 1a podem ocorrer em até 10% dos casos de reparação endovascular de AAA (EVAR). A incidência destes endoleaks pode ir até 3,1%, Segundo descrito na literatura. O diagnostico precoce e classificação destes endoleaks são cruciais para evitar casos de rutura do saco aneurismático, previamente descritos. Deste modo, os autores reportam um caso de um endoleak tipo 1a, vinte e quatro meses após realização de EVAS, tratado com sucesso por via endovascular.
Trata-se de um homem de 82 anos de idade, que foi submetido à reparação de um AAA de 55 mm através de EVAS em 2014. A angiografia final demonstrou a exclusão do aneurisma e a ausência de endoleaks. O seguimento pós operatório foi feito como habitual, através da realização de AngioTCs, que demonstravam um correcto posicionamento da prótese, sem sinais de endoleaks e com diminuição progressiva do saco aneurismático. O AngioTC realizado em 2016 demonstrou a presença de novo de um endoleak tipo 1a, associado a um crescimento significativo do saco aneurismático. Face a isto, os autores optaram pela realização de um procedimento endovascular através da embolizaçao do saco com 0,018” detachable coils e Onyx 34. A angiografia final demonstrou a permeabilidade dos componentes da Nellix e a exclusão do endoleak.
A incidência e o significado de um endoleak tipo 1a após EVAS foi previamente estudada na literatura, com alguns casos reportados, e a história natural de um endoleak tipo 1a após EVAS pode levar a rutura do saco aneurismático e consequente morte. A embolização do endoleak com coils e Onyx apresentou-se, neste caso, como uma alternativa eficaz e segura para alcançar o sucesso terapêutico e clínico.
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