ENDOLEAK TIPO 1A TARDIO APÓS EVAS: UM DESAFIO ÚNICO

Autores

  • Rita Augusto Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal; Unidade de Angiologia e Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Ricardo Gouveia Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Jacinta Campos Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal; Unidade de Angiologia e Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Andreia Coelho Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal; Unidade de Angiologia e Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Nuno Coelho Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal; Unidade de Angiologia e Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Daniel Brandão Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal; Unidade de Angiologia e Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Alexandra Canedo Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal; Unidade de Angiologia e Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.48750/acv.305

Palavras-chave:

Aneurisma da aorta abdominal, endoleak, Onyx 34, EVAS, Nellix

Resumo

 

 Endovascular aneurysm sealing (EVAS) com o auxílio do sistema Nellix é um método alternative para o tratamento de aneurismas da aorta abdominal (AAA). Os endoleaks tipo 1a podem ocorrer em até 10% dos casos de reparação endovascular de AAA (EVAR). A incidência destes endoleaks pode ir até 3,1%, Segundo descrito na literatura. O diagnostico precoce e classificação destes endoleaks são cruciais para evitar casos de rutura do saco aneurismático, previamente descritos. Deste modo, os autores reportam um caso de um endoleak tipo 1a, vinte e quatro meses após realização de EVAS, tratado com sucesso por via endovascular. 

Trata-se de um homem de 82 anos de idade, que foi submetido à reparação de um AAA de 55 mm através de EVAS em 2014. A angiografia final demonstrou a exclusão do aneurisma e a ausência de endoleaks. O seguimento pós operatório foi feito como habitual, através da realização de AngioTCs, que demonstravam um correcto posicionamento da prótese, sem sinais de endoleaks e com diminuição progressiva do saco aneurismático. O AngioTC realizado em 2016 demonstrou a presença de novo de um endoleak tipo 1a, associado a um crescimento significativo do saco aneurismático. Face a isto, os autores optaram pela realização de um procedimento endovascular através da embolizaçao do saco com 0,018” detachable coils e Onyx 34. A angiografia final demonstrou a permeabilidade dos componentes da Nellix e a exclusão do endoleak

A incidência e o significado de um endoleak tipo 1a após EVAS foi previamente estudada na literatura, com alguns casos reportados, e a história natural de um endoleak tipo 1a após EVAS pode levar a rutura do saco aneurismático e consequente morte. A embolização do endoleak com coils e Onyx apresentou-se, neste caso, como uma alternativa eficaz e segura para alcançar o sucesso terapêutico e clínico. 

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Publicado

2020-12-13

Como Citar

1.
Augusto R, Gouveia R, Campos J, Coelho A, Coelho N, Brandão D, Canedo A. ENDOLEAK TIPO 1A TARDIO APÓS EVAS: UM DESAFIO ÚNICO. Angiol Cir Vasc [Internet]. 13 de Dezembro de 2020 [citado 23 de Novembro de 2024];16(3):176-80. Disponível em: https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/305

Edição

Secção

Caso Clínico