ABORDAGEM ENDOVASCULAR DE ANEURISMAS VISCERAIS — EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO

Autores

  • Nuno Henriques Coelho Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Jacinta Campos Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Andreia Coelho Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Rita Augusto Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Carolina Semião Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Evelise Pinto Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • João Ribeiro Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • João Peixoto Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Victor Martins Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Daniel Brandão Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Ricardo Gouveia Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Alexandra Canedo Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.48750/acv.251

Palavras-chave:

aneurisma de artéria visceral, pseudoaneurisma de artéria visceral, procedimentos endovasculares, embolização, stents-recobertos

Resumo

Introdução: Ao longo da última década, a abordagem endovascular tem assumido um papel preponderante no tratamento dos aneurismas das artérias viscerais (AAVs). Esta mudança de paradigma tem em conta a eficácia, a segurança e o facto de o tratamento endovascular ser menos invasivo quando comparada com a cirurgia clássica. Reportamos a experiência do nosso centro no tratamento endovascular de AAVs.

Métodos: Revimos retrospectivamente os casos de AAVs tratados no nosso centro de 2009 a 2019.

Resultados: De 2009 a 2019, foram tratados dezanove aneurismas viscerais (idade média 62,5 anos, 53% do sexo feminino). Os segmentos arteriais afetados foram: a artéria esplénica (52%, n = 10), a artéria renal (21%, n = 4), a artéria hepática (11%, n = 2), a artéria mesentérica superior (11%, n = 2) e o tronco celíaco (5%, n = 1). O diâmetro aneurismático médio foi de 26,9 ± 5,4 mm [intervalo de 21 a 39 mm]. A maioria dos AAVs corresponderam a achados assintomáticos (74%). Foram encontrados aneurismas concomitantes em 15,8% dos casos. As técnicas endovasculares utilizadas foram as seguintes: exclusão do aneurisma com recurso a stent recoberto (n = 9), embolização do saco aneurismático com coils (n = 6), embolização assistida por stent (n = 2), exclusão segmentar da artéria (n = 2). O tempo médio de follow-up foi de 46,8 meses [intervalo 1,1–128 meses]. Foi constatada oclusão precoce da artéria mesentérica superior em um caso (após embolização assistida por stent), sem sintomatologia de isquemia intestinal. Foi também constatada uma trombose renal após embolização de aneurisma renal com coils, sem agravamento da função renal.

Conclusão: Atualmente, a abordagem endovascular é considerada como tratamento de primeira linha no contexto dos aneurismas viscerais. Ainda que limitada, esta série demonstra resultados favoráveis e em linha com o reportado na literatura.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. Hosn, M. A. et al. Visceral Artery Aneurysms : Decision Making and Treatment Options in the New Era of Minimally Invasive and Endovascular Surgery.

2. Pitton, M. B. et al. Visceral artery aneurysms : Incidence , management , and outcome analysis in a tertiary care center over one decade. (2015). doi:10.1007/s00330-015-3599-1

3. Rabih A. Chaer, MD, Christopher J. Abularrage, MD, Dawn M. Coleman, MD, Mohammad H. Eslami, MD, Vikram S. Kashyap, MD, Caron Rockman, MD, M. Hassan Murad, M. The Society for Vascular Surgery Clinical Practice Guidelines on the Management of Visceral Aneurysms (DRAFT). (2019).

4. Loffroy, R. et al. World Journal of Radiology © 2015. 7, (2015).

5. Wojtaszek, B. M. Managing Visceral Artery Aneurysms. (2013).

6. Regus, S. & Lang, W. Rupture Risk and Etiology of Visceral Artery Aneurysms and Pseudoaneurysms : A Single-Center Experience. 50, 10–15 (2016).

7. Committee, W. et al. Editor ’ s Choice e Management of the Diseases of Mesenteric Arteries and Veins Clinical Practice Guidelines of the European Society of Vascular Surgery ( ESVS ). 460–510 (2017). doi:10.1016/j.ejvs.2017.01.010

8. Song, C., Dong, J., Yu, G., Zhou, J. & Xiang, F. Comparison of open surgery and endovascular procedures as a therapeutic choice for visceral artery aneurysms. (2017). doi:10.1177/1708538117744102
9. Venturini, M. et al. Endovascular Repair of 40 Visceral Artery Aneurysms and Pseudoaneurysms with the Viabahn Stent-Graft : Technical Aspects , Clinical Outcome and Mid-Term Patency. 385–397 (2018). doi:10.1007/s00270-017-1844-5

Downloads

Publicado

2020-04-30

Como Citar

1.
Coelho NH, Campos J, Coelho A, Augusto R, Semião C, Pinto E, et al. ABORDAGEM ENDOVASCULAR DE ANEURISMAS VISCERAIS — EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO. Angiol Cir Vasc [Internet]. 30 de abril de 2020 [citado 14 de novembro de 2025];16(1):24-8. Disponível em: https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/251

Edição

Secção

Artigo Original

Artigos Similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Também poderá iniciar uma pesquisa avançada de similaridade para este artigo.