PSEUDOANEURISMA DA ARTÉRIA FEMORAL PROFUNDA APÓS PROCEDIMENTOS ORTOPÉDICOS

Autores

  • Pedro Pinto Sousa Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Clara Nogueira Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Pedro Brandão Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal
  • Alexandra Canedo Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.48750/acv.181

Palavras-chave:

Pseudoaneurisma, Artéria Femoral Profunda, Procedimentos Ortopédicos, Endovascular, Embolização com Coils

Resumo

Introdução: A maioria dos pseudoaneurismas (PSA) da artéria femoral profunda apresentam-se de forma assintomática ou através da presença de uma massa pulsátil. Clinicamente variáveis poderão desenvolver sintomas por compressão das estruturas adjacentes ou mesmo levar a choque hemorrágico, em caso de rutura. Relativamente à orientação terapêutica, quando sintomáticos deverão ser corrigidos. Contudo, nos casos assintomáticos a melhor atitude permanece discutível, uma vez que a maioria dos pequenos PSA, com diâmetro inferior a 20-30mm, acabam por trombosar dentro de quatro semanas, aceitando-se assim uma atitude expectante e reservando a correção no caso de apresentarem crescimento, não trombosarem ou desenvolverem clínica/sintomatologia.

Materiais e métodos: Os autores apresentam dois casos de PSA de ramos da artéria femoral profunda (AFP) no contexto de procedimentos ortopédicos.

Caso clínico I — Doente do sexo feminino, 83 anos, admitida no Serviço de urgência por trauma a nível do fémur e côndilo lateral esquerdo. Submetida a osteossíntese trocantérica, complicada no pós-operatório de trombose venosa profunda (femoro-ilíaca). Teve alta hipocoagulada sendo readmitida dois meses após com dor a nível da coxa tendo sido diagnosticado PSA da AFP. Realizou-se embolização com coils: um 2D Helical-35® de 3x52mm e um VortXTM Diamond® de 3x23mm.

Caso clínico II — Doente do sexo feminino, 70 anos, admitida eletivamente para realização de prótese total da anca direita. No pós-operatório imediato apresentou hematoma da coxa associada a hipotensão persistente e queda de 2g/dL de hemoglobina, sem reposta clínica a medidas conservadoras. Realizado estudo com diagnóstico de PSA da AFP tendo sido tratado com embolização com dois coils Tornado Cook® de 2-5x50mm.

Discussão: O diagnóstico de PSA da AFP é difícil dada a sua raridade (incidência descrita de 2% para feridas arteriais periféricas(1)), sendo mais frequentes após procedimentos ortopédicos e vasculares(2). Os procedimentos endovasculares na abordagem dos PSA permitem uma precisa localização do ponto de hemorragia e a sua correção de forma minimamente invasiva. A taxa de sucesso técnico aproxima-se de 100% quando as características anatómicas permitam a sua realização.

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Publicado

2020-04-30

Como Citar

1.
Sousa PP, Nogueira C, Brandão P, Canedo A. PSEUDOANEURISMA DA ARTÉRIA FEMORAL PROFUNDA APÓS PROCEDIMENTOS ORTOPÉDICOS. Angiol Cir Vasc [Internet]. 30 de Abril de 2020 [citado 24 de Novembro de 2024];16(1):47-51. Disponível em: https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/181

Edição

Secção

Caso Clínico