SÍNDROME MAY-THURNER: IMPORTÂNCIA DO IVUS NO ALGORITMO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO
DOI:
https://doi.org/10.48750/acv.412Palavras-chave:
Síndrome Cockett, Síndrome May thurner, Síndrome compressão da veia ilíaca, Stenting, IVUSResumo
Introdução: A síndrome de May Thurner (SMT) é uma condição clínica resultante da compressão anatómica da veia ilíaca comum esquerda pela quinta vértebra lombar posteriormente e pela artéria ilíaca comum direita anteriormente associada a sintomatologia. Afirmar o seu diagnóstico pode ser difícil e a ultrassonografia intravascular (IVUS) pode ajudar na decisão definitiva.
Caso Clínico: Homem de 43 anos com história de trombose venosa profunda do membro inferior esquerdo recorre à consulta com história de edema do membro inferior esquerdo com agravamento desde há cinco meses associado a incapacidade de ficar em pé por longos períodos , facto que o impedia de realizar a sua atividade laboral.
Realizou flebo-TC no enatnto este foi inconclusivo.
Foi proposto ao paciente a realização de flebografia e IVUS para eliminar as dúvidas e aumentar a acuidade diagnóstica. A flebografia e o IVUS confirmaram a compressão significativa da veia ilíaca comum esquerda pela artéria ilíaca comum direita (imagem 1).
O paciente foi tratado através da implantação endovascular de um stent Abre 16/80 da Medtronic, seguido da dilatação com um balão 16/40 da Boston Scientific.
A flebografia e o IVUS de controle mostraram a resolução completa da compressão. (Imagem 2)
Discussão/Conclusão: O diagnóstico do SMT pode ser difícil e implica alto grau de suspeita clínica. O veno-TC pode não ser diagnóstico e ser necessário flebografia e IVUS.
A cirurgia endovascular revolucionou o tratamento da doença venosa obstrutiva, tornando-se o gold standart terapêutico. No entanto, o implante de stents numa população jovem implica cuidados acrescidos devido ao desconhecimento de seu comportamento a longo prazo.
Neste caso, o IVUS permitiu aumentar o grau de certeza diagnóstica e aumentar a qualidade do controle terapêutico do stenting ílio-cava.
Nós recomendamos o uso do IVUS de forma rotineira na abordagem do SMT.
Downloads
Referências
2. McMurrich, JP. The occurrence of congenital adhesions in the common iliac veins and their relation to thrombosis of the femoral and iliac veins. Am J Med Sci. 135, 1908, pp. 342-346.
3. Ehrich, WE e Krumbhaar, EB. A frequent obstructive anomaly of the mouth of the left common iliac vein. Am Heart J. 26, 1943, pp. 737-750.
4. Patel, NH, et al. Endovascular management of acute extensive iliofemoral deep venous thrombosis caused by May-Thurner syndrome. J Vasc Interv Radiol. 11, 2000, pp. 1297-302.
5. May, R e Thurner, J. The cause of the predominantly sinistral occurrence of thrombosis of the pelvic veins. Angiology. 8, 1957, pp. 419-448.
6. Cockett, FB e Thomas, ML. The iliac compression syndrome. Br J Surg. 52, 1965, pp. 816-21. 7. O'Sullivan, GJ, et al. Endovascular management of iliac vein compression (MayThurner) syndrome. J Vasc Interv Radiol. 11, 2000, pp. 823-836.
7. O'Sullivan, GJ, et al. Endovascular management of iliac vein compression (MayThurner) syndrome. J Vasc Interv Radiol. 11, 2000, pp. 823-836.
8. Shebel, ND e Whalen, CC. Diagnosis and management of iliac vein compression syndrome. J Vasc Nurs. 23, 2005, pp. 10-17.
9. Hurst, DR, et al. Diagnosis and endovascular treatment of ilio- caval compression syndrome. J Vasc Surg. 34, 2001, pp. 106-113. Pages 43 de 74
10. Wolpert, LM, et al. Magnetic resonance venography in the diagnosis and management of May-Thurner syndrome. Vasc Endovascular Surg. 36, 2002, pp. 51-57.
11. Ley, EJ, et al. Endovascular management of iliac vein occlusive disease. Ann Vasc Surg. 18, 2004, pp. 228-233.
12. Rigas, A, Vomyoyannis, A e Tsardakas, E. Iliac compression syndrome: report of ten cases. J Cardiovasc Surg. 11, 1970, pp. 389-392.
13. Taheri, S, Taheri, P e Schultz, R. Iliocaval compression syndrome. Br J Surg. 40, 1992, pp. 9-15. 76. Gloviczki, P e Cho, JS. Surgical treatment of chronic occlusions of the ilicaval veins. RB Ruth- erford. Rutherford's vascular surgery. Philadelphia: Elsevier, 2005, pp. 2303-2320.
14. Canales J F, Krajcer Z. Intravascular ultrasound guid- ance in treating May Thurner Syndrome. Tex Heart Inst J 2010;37(4):496-497
15. Forauer, AR, et al. Intravascular ultrasound in the diagnosis and treatment of iliac vein compression (May-Thurner) syndrome. J Vasc Interv Radiol. 13, 2002, pp. 523-527.
16. Montminy M L et al A comparison between intravascular ultra- sound and venography in identifying key parameters essential for iliac vein stentingJ Vasc Surg Venous Lymphat Disord 2019 Nov;7(6):801-807.
17. Neglén, P e Raju, S. Intravascular ultrasound scan evaluation of the obstructed vein. J vasc Surg. 35, 2002, pp. 694-700.
18. Ye,K,etal.Long-termoutcomesofstentplacementforsymp- tomatic nonthrombotic iliac vein compression lesions in chronic venous disease. J Vasc Interv Radiol. 23, 2012, Vol. 4, pp. 497-502.
19. Meng, QY, et al. Endovascular treatment of iliac vein compres- sion syndrome. Chin Med J (Engl). 124, 2011, Vol. 20, pp. 3281-3284. 20. Raju S, Ward Jr M, Kirk O. A modification of iliac vein stent tech-
nique. Ann Vasc Surg. 28, 2014, Vol. 6, pp. 1485-1492.
21. Mahnken, AH, et al. Cirse standards of practice guidelines on iliocaval stenting. Cardiovasc Intervent Radiol. 37, 2014, pp.889-897.
22. Shi,WY,etal.Endovasculartreatmentforiliacveincompression syndrome with or without lower extremity deep vein thrombosis: a retrospective study on mind-term-in-stent patency from a single center. European Journal of Radiology
23. MachadoM,MachadoRetal.Primarymay-thurnersyndrome, clinical and endovascular surgical results: Our experience. Angiol Cir Vasc 2018, vol.14, n.1, pp.22-37. ISSN 1646-706X.