DOENÇA ANEURISMÁTICA E OCLUSIVA MULTISSECTORIAL: ABORDAGEM HÍBRIDA ESTADIADA COMO SOLUÇÃO PARA UM PESADELO

Autores

  • Nuno Coelho Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia / Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Daniel Brandão Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia / Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Ricardo Gouveia Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia / Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Victor Martins Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia / Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Rita Augusto Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia / Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Carolina Semião Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia / Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • João Ribeiro Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia / Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • João Peixoto Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia / Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Luís Fernandes Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia / Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Alexandra Canedo Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia / Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.48750/acv.362

Palavras-chave:

Aneurismas ilíacos, Doença oclusiva ílio-femoral grave, Isquemia crítica de membro, Tratamento endovascular, Intervenção híbrida

Resumo

Introdução: A doença oclusiva íliofemoral TASC C e D pode limitar o tratamento endovascular de aneurismas aortoilíacos. Em doentes de alto risco cirúrgico, intervenções híbridas sequenciais e inventivas podem ser a resposta para alcançar o tratamento definitivo.

Caso clínico: Um doente do sexo masculino de 68 anos, com múltiplas comorbidades, apresentou-se na consulta externa com ocorrência simultânea de aneurismas ilíacos comuns bilaterais e doença oclusiva ílio-femoral grave associada a isquemia crítica do membro inferior direito. Tendo em vista a exclusão dos aneurismas ilíacos, a preservação do fluxo pélvico e revascularização do membro ameaçado, optamos por uma intervenção híbrida em três estádios. Primeiro, começamos com uma angioplastia ilíaca externa direita associada endarterectomia femoral ipsilateral tendo em vista a criação de um acesso arterial adequado. Numa segunda intervenção, implantamos uma endoprótese aortoilíaca bifurcada por este acesso. Para prevenir a isquemia pélvica, o fluxo do ramo contralateral foi direcionado para a artéria ilíaca interna esquerda com uma combinação de stents revestidos autoexpansíveis e expansíveis por balão. Finalmente, com um bypass femoro-tibial posterior completámos a revascularização do membro. Aos 1,5 anos de seguimento, não verificamos nenhuma complicação e o doente permanece assintomático.

Conclusão: Em doente com condições médicas desfavoráveis e aneurismas aortoilíacos associados a doença oclusiva aorto-ilíaca complexa uma abordagem híbrida estadiada como a descrita pode ser uma alternativa viável, com boa durabilidade e associada excelentes resultados clínicos.

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Publicado

2021-09-10

Como Citar

1.
Coelho N, Brandão D, Gouveia R, Martins V, Augusto R, Semião C, Ribeiro J, Peixoto J, Fernandes L, Canedo A. DOENÇA ANEURISMÁTICA E OCLUSIVA MULTISSECTORIAL: ABORDAGEM HÍBRIDA ESTADIADA COMO SOLUÇÃO PARA UM PESADELO. Angiol Cir Vasc [Internet]. 10 de Setembro de 2021 [citado 7 de Setembro de 2024];17(2):135-8. Disponível em: https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/362

Edição

Secção

Caso Clínico