TÉCNICA KISSING STENT NO TRATAMENTO DE ESTENOSE DA ARTÉRIA INOMINADA
DOI:
https://doi.org/10.48750/acv.190Palavras-chave:
Tratamento endovascular, técnica kissing stent, artéria inominadaResumo
Introdução: A presença de estenose aterosclerótica sintomática da artéria inominada é uma patologia pouco frequente. Os autores apresentam a utilização da técnica kissing stent nas artérias subclávia e carótida comum direitas com stents cobertos com proteção cerebral por clampagem direta da carótida comum, como alternativa endovascular “híbrida” para o tratamento da estenose sintomática da artéria inominada.
Caso Clínico: Doente de 75 anos, sexo masculino, admitido no Serviço de Cirurgia Vascular por acidentes isquémicos transitórios (AIT’s) de repetição do hemisfério direito, resultando em hemiparesia esquerda transitória.
A angiografia por tomografia computorizada (angioTC) excluiu lesões carotídeas significativas e revelou estenose da artéria inominada associada a trombo mural com extensão para a bifurcação deste vaso.
Realizou-se exposição cirúrgica da artéria carótida comum e axilar direitas. A proteção cerebral efetuou-se por clampagem direta da carótida comum e obteve-se acesso endovascular retrógrado carotídeo e axilar. Foram colocados dois stents cobertos expansíveis por balão nas artérias inominada, subclávia e carótida comum direitas, utilizando a técnica kissing stent. No final do procedimento verificou-se a boa permeabilidade dos eixos revascularizados e foi realizada expurga direta de eventual material embólico antes da desclampagem. O pós-operatório decorreu sem complicações.
Conclusão: A técnica kissing stent, com stents cobertos, nas artérias subclávia, carótida comum e inominada com proteção direta da carótida comum por clampagem é uma solução possível e minimamente invasiva da estenose sintomática da artéria inominada.
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