TÉCNICA VINTAGE EM CIRURGIA VASCULAR: SIMPATECTOMIA LOMBAR NA ISQUEMIA CRÍTICA DE MEMBRO
DOI:
https://doi.org/10.48750/acv.394Palavras-chave:
Isquemia crítica de membro, Doença de Buerguer, Simpatectomia lombarResumo
Introdução: A tromboangeíte Obliterante ou doença de Buerguer é uma das expressões da doença arterial periférica; a sua principal característica é a oclusão dos principais eixos arteriais distais, o que impede a cirurgia de revascularização direta; A simpatectomia lombar foi já utilizada para tratar essa condição com resultados aceitáveis, mas hoje em dia esta técnica é considerada obsoleta; muitos jovens cirurgiões vasculares nem mesmo ouviram falar e a maioria deles nunca viu uma simpatectomia lombar para o tratamento de doentes com isquemia crítica de membro.
Caso-clínico: Mulher de 39 anos admitida com isquemia crítica de membro consequente à oclusão da artéria poplítea sem eixos distais permeáveis, tratada com a realização de uma simpatectomia lombar como técnica de recurso.
Discussão: O tratamento endovascular é a primeira opção para a isquemia crítica de membro de causa aterosclerótica; embora a tromboangeíte obliterante seja menos frequente, ainda se observa nos dias de hoje, e é uma das situações em que o tratamento endovascular é ineficaz; além disso, a revascularização por cirurgia clássica, na maioria das vezes, também não é possível.
Conclusão: A simpatectomia lombar pode ser eficaz, não apenas neste cenário da doença de Buerguer; pode ser usada como técnica de recurso quando a primeira abordagem pela cirurgia de revascularização falha e não há mais opções de salvamento do membro; assim, a simpatectomia lombar deve fazer parte do arsenal terapêutico de qualquer cirurgião vascular.
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