NEUROISCHEMIC DIABETIC FOOT – THE ENDOREVOLUTION

Autores

  • Rita Augusto Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal; Unidade de Angiologia e Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Ricardo Gouveia Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • João Vasconcelos Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de Tâmega e Sousa, Penafiel, Portugal
  • Jacinta Campos Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal; Unidade de Angiologia e Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Pedro Sousa
  • Andreia Coelho
  • Nuno Coelho
  • Ana Semião
  • Evelise Pinto
  • João Ribeiro
  • Daniel Brandão
  • Alexandra Canedo

DOI:

https://doi.org/10.48750/acv.157

Palavras-chave:

Diabetic Foot; Endovascular procedures; Stent; Angioplasty; Limb salvage; Amputation

Resumo

Introdução: A prevalência estimada de Diabetes Mellitus (DM) em Portugal é de 13,3% na população adulta. Ao longo da sua vida cerca de 15-25% dos diabéticos desenvolvem úlcera no membro inferior. A DM é uma doença vascular única que facilita a infeção e tem predileção para o atingimento de artérias abaixo do joelho. Neste contexto, a revascularização por técnicas endovasculares dos doentes com pé diabético neuroisquémico (PDNI) é hoje considerada, pela maioria dos autores, como de primeira linha, mostrando consistentemente maiores taxas de salvamento de membro.

Estima-se que a mortalidade dos doentes com PDNI atinja os 50% aos 5 anos (após revascularização, com viabilidade do membro mantida), aumentando para 50% aos 2 anos sem revascularização e consequente amputação major. Com este estudo, os autores pretendem descrever a sua experiência na revascularização distal endovascular no tratamento de doentes com PDNI.

Métodos: Estudo restrospectivo que inclui todos os doentes diabéticos submetidos a revascularização endovascular de artérias distais (janeiro 2010 – dezembro 2017) – 464 membros em 326 doentes.

Foram avaliados os dados demográficos, co-morbilidades e processos clínicos. O objetivo primário é avaliar o sucesso técnico, a taxa de salvamento de membro assim como as taxas de amputação major e amputação minor. Como objetivos secundários os autores pretendem descrever a população tratada, os tratamentos endovasculares efetuados assim como caraterizar a evolução adquirida nos últimos anos nestas técnicas.

Resultados e conclusões: O sucesso técnico foi alcançado em 85% dos procedimentos. Foi necessária revascularização concomitante do setor ilíaco em 0,7% e do setor femoro-poplíteo em 63,2% dos casos. O acesso femoral anterógrado foi obtido em 91,3% dos casos. Foi necessária punção distal retrógrada em 7,6% dos procedimentos. A revascularização angiossómica foi obtida em 60,9% dos casos. No setor femoro-poplíteo, foi efetuada ATP em 56,3% dos procedimentos e recanalização, ATP e stenting em 42,4%. Durante o follow-up, 14,1% dos doentes foi submetido a amputação major e 36,4% a amputação minor. A sobrevida livre de amputação major aos 12 meses foi de 80,1% e a taxa de cicatrização aos 12 meses de 63,2%. A sobrevida global aos 12 meses foi de 79,8%. Encontrou-se associação entre a revascularização angiossómica (p=0,014) e o número de eixos distais permeáveis (p=0,01) com a presença de salvamento de membro e a diminuição no tempo até à cicatrização. Encontrou-se adicionalmente associação entre o estadio de disfunção renal e a ausência de cicatrização (p=0,04). A taxa de reintervenção foi de 20,4%. Os resultados do presente estudo sobre a revascularização endovascular de eixos distais em doentes diabéticos enfatiza a necessidade de um investimento apropriado nesta população, aumentando o sucesso na revascularização possibilitando a preservação de um maior número de membros.

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Publicado

2019-05-15

Como Citar

1.
Augusto R, Gouveia R, Vasconcelos J, Campos J, Sousa P, Coelho A, et al. NEUROISCHEMIC DIABETIC FOOT – THE ENDOREVOLUTION. Angiol Cir Vasc [Internet]. 15 de maio de 2019 [citado 24 de novembro de 2025];14(4):307-14. Disponível em: https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/157

Edição

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