ISQUÉMIA AGUDA DE MEMBRO INFERIOR: 7 ANOS DE TROMBOEMBOLECTOMIAS EM DOENTES COM IDADE AVANÇADA

Autores

  • Mário Moreira Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Pedro Lima Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Mafalda Correia Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Bárbara Pereira Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Roger Rodrigues Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • André Marinho Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Carolina Mendes Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Joana Moreira Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Óscar Gonçalves Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.48750/acv.128

Palavras-chave:

isquemia de membro, agudo, tromboembolectomia, idosos

Resumo

Introdução: Isquémia aguda de membro inferior é uma emergência frequente em Cirurgia Vascular, acarretando morbi- -mortalidade significativa. Apesar de outras opções terapêuticas, a tromboembolectomia mantém-se uma opção válida. Pretendemos analisar a segurança e eficácia desta técnica, em doentes com idade avançada.

Métodos: Estudo retrospectivo, unicêntrico, incluindo os doentes com pelo menos 80 anos, admitidos por isquémia aguda de membro inferior, entre Janeiro de 2010 e Dezembro de 2016 e tratados através de tromboembolectomia. Excluídos doentes com isquémia bilateral, procedimentos prévios de revascularização e necessidade de outros procedimentos de revascularização no evento avaliado. Avaliamos a amputação major e a mortalidade ocorridas até ao 30º dia de pós-operatório.

Resultados: Identificamos 254 doentes. A taxa de amputação major foi 9.4% (n=24) e a taxa de mortalidade foi 5.9% (n=15). Tempo de isquémia prolongado e maior gravidade da isquémia estão associados a maior taxa de amputação. Diagnóstico prévio de arritmia associado a menor risco de amputação. Não observamos relações entre a mortalidade e as variáveis estudadas.

Discussão: Tempo de isquémia é o principal factor a determinar a viabilidade do membro, enfatizando a importância da consciencialização dos profissionais de saúde para esta patologia. Não obtivemos relação entre as variáveis estudadas e a mortalidade, mas a reduzida mortalidade pode ter impedido a análise estatística.

Conclusão: A tromboembolectomia é uma opção válida no tratamento da isquémia aguda do membro inferior, mesmo em doentes com idade avançada. A diferença entre a prevalência de arritmia e o número de doentes anticoagulados evidencia uma possível debilidade na abordagem destes.

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Publicado

2018-06-07

Como Citar

1.
Moreira M, Lima P, Correia M, Pereira B, Rodrigues R, Marinho A, et al. ISQUÉMIA AGUDA DE MEMBRO INFERIOR: 7 ANOS DE TROMBOEMBOLECTOMIAS EM DOENTES COM IDADE AVANÇADA. Angiol Cir Vasc [Internet]. 7 de junho de 2018 [citado 26 de novembro de 2025];14(2):106-10. Disponível em: https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/128

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