FLEBOGRAFIA DE SUBTRAÇÃO DIGITAL UTILIZANDO UM SISTEMA DE LIBERTAÇÃO DE DIÓXIDO DE CARBONO “HOMEMADE”

Autores

  • Joana Ferreira Hospital da Senhora da Oliveira
  • Vânia Pinto Equipa de Enfermagem do Bloco Operatório, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro/EPE
  • Jorge Morais Equipa de Enfermagem do Bloco Operatório, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro/EPE
  • Lígia Mendes Técnica de Cardiopneumologia da Escola de Tecnologias da Saúde do Porto
  • Artur Martins Equipa de Enfermagem do Bloco Operatório, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro/EPE
  • José Moniz Internos do Ano Comum, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro/EPE
  • Marta Pinto Internos do Ano Comum, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro/EPE
  • Pedro Sousa Radiologia, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro/EPE

DOI:

https://doi.org/10.48750/acv.104

Palavras-chave:

flebografia, dióxido de carbono, “homemade”

Resumo

Introdução e objetivos: O dióxido de carbono (CO2) é um meio de contraste que não causa nefrotoxicidade. Pelas suas vantagens e pela inexistência em alguns centros hospitalares de sistemas “dedicados” de libertação de CO2, têm sido desenvolvidos sistemas “homemade”. Os autores descrevem uma técnica de flebografia de subtração digital utilizando um sistema de libertação de CO2 desenvolvido no seu centro hospitalar. Apresentam ainda os resultados preliminares da sua aplicação.

Material e métodos: Foi utilizado um cilindro de CO2 medicinal (99,9% de pureza), conectado a um insuflador de laparoscopia. O insuflador de laparoscopia está conectado a um tubo de insuflação, que por sua vez está ligado a um filtro. O filtro está ligado a um sistema venoso e este a três torneiras de três vias alinhadas em série, conectadas a uma seringa de 50 mL e ao cateter de diagnóstico.

Resultados: De outubro de 2015 a fevereiro de 2016 foram realizadas seis flebografias em quatro doentes com fístulas arteriovenosas disfuncionantes. Os procedimentos realizados foram: angioplastia de estenose da crossa da cefálica (uma intervenção); angioplastia de estenoses focais ao longo da veia basílica (duas intervenções), angioplastia de múltiplas estenoses ao longo da veia cefálica (três intervenções). Foi registada uma complicação: embolia cerebral gasosa.

Conclusões: O sistema de libertação de CO2 que usamos é uma mais valia nos doentes insuficientes renais em pré-diálise. Contudo a velocidade de injeção deverá ser adaptada para evitar embolia cerebral gasosa.

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Referências

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Publicado

2018-12-02

Como Citar

1.
Ferreira J, Pinto V, Morais J, Mendes L, Martins A, Moniz J, Pinto M, Sousa P. FLEBOGRAFIA DE SUBTRAÇÃO DIGITAL UTILIZANDO UM SISTEMA DE LIBERTAÇÃO DE DIÓXIDO DE CARBONO “HOMEMADE”. Angiol Cir Vasc [Internet]. 2 de Dezembro de 2018 [citado 24 de Novembro de 2024];14(1):9-12. Disponível em: https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/104

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